Espécies de lagartos se reproduzem por partenogênese, sem a participação do macho.
A maioria das espécies de lagartos se reproduz assim. No sudoeste dos
Estados Unidos, e no norte do México, vive uma espécie de lagarto
(Cmenidiphorus uniparens), formada somente por fêmeas que se reproduzem
por partenogênese ou seja, sem a participação de machos. Nesse tipo de
reprodução, cada fêmea é um clone: as filhas são geneticamente idênticas
à mãe. A partenogênese pode não ser muito romântica, mas tem lá suas
vantagens uma delas é dar à espécie um potencial maior de crescimento
demográfico. É lógico, afinal, todos os lagartos, e não apenas cerca da
metade, são capazes de colocar ovos. Mas, o que chama a atenção na
reprodução dos Cmenidiphorus uniparens, especificamente, é a simulação
do ato sexual; um lagarto se comporta como a fêmea que de fato é; outro
age como se fosse macho monta sobre a parceira, enroscando-a com o
rabo. A cada duas semanas, aproximadamente, os papéis se invertem: o
aumento acentuado da quantidade de progesterona o hormônio que regula o
crescimento dos ovários no organismo da fêmea que acabou de pôr ovos
indica que chegou sua vez de representar o macho. Passadas mais duas
semanas, seus ovários estão crescidos e começam a secretar outro
hormônio, o estrógeno: é o sinal de que deve reassumir o verdadeiro
papel de fêmea. Qual a finalidade desse teatro todo para reprodução?
Segundo o professor David Crews, da Universidade do Texas, nos Estados
Unidos, as fêmeas Cmenidiphorus uniparens ovulam com mais facilidade ,
quando há outras fêmeas por perto, imitando machos
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